Receptores
Ao acordar, aos poucos, você vai tomando consciência de si mesmo e do ambiente exterior. Isso acontece conforme a mente vai sendo despertada por informações sensoriais – luzes, sons, cheiros, calor – que são captadas pelas extremidades de certos neurônios, chamadas de receptores sensoriais.
Geralmente não temos consciência dos sinais emitidos pelos receptores localizados nos órgãos internos, mas alguns deles nós reconhecemos nas sensações de sede, fome, desequilíbrio, náusea e dor, por exemplo.
É assim que nos informamos sobre o ambiente externo e sobre nossos órgãos interiores. È com essas informações que nosso corpo coordena seu próprio funcionamento e executa ações adequadas às condições ambientais.
Propriocepção: sensações do interior do corpo
Os sensores proprioceptivos localizam-se especialmente nos músculos, nos tendões que prendem os músculos aos ossos, em regiões profundas da planta dos pés e nos órgãos viscerais.
As sensações que informam sobre a tensão dos músculos e dos tendões, o ângulo em que está cada articulação do esqueleto e o grau de pressão na planta dos pés são de enorme importância para o equilíbrio do corpo e a coordenação motora.
Quase não temos consciência dessas sensações porque só chegam ao córtex cerebral poucos dos estímulos captados por esses receptores sensoriais. A maioria dos estímulos é encaminhada apenas até a medula ou as partes baixas do encéfalo (medula oblonga e cerebelo).
Tato: sensações da superfície do corpo
Cada uma das sensações tácteis é captada por um dos vários tipos de receptores sensoriais encontrados na pele. Cada receptor recebeu o nome do cientista que o descobriu, exceto o receptor de dor, formado por simples terminações nervosas se aparência especializada.
É possível mapear os receptores tácteis de uma pessoa aplicando-se estímulos (frio, picada etc.) em diversos pontos da superfície de sua pele. Quando um estímulo é aplicado sobre o receptor, este produz impulsos que são transmitidos até a medula nervosa. Na medula, as fibras sensitivas se ramificam. Algumas delas terminam na própria medula, onde comandam os chamados reflexos medulares. Outras se estendem através da medula, chegando até o encéfalo, onde podem provocar a consciência do que foi sentido.
Os impulsos nervosos transmitidos por um determinado receptor sensorial chegam sempre numa mesma região do córtex. O cérebro, assim, interpreta a mensagem transmitida: “alguma coisa tocou a ponta do dedo anular da mão esquerda”, por exemplo.
Reflexos
Reflexo é uma ação rápida e involuntária do corpo em resposta e algum estímulo. É um mecanismo simples quando comparado com outras capacidades do sistema nervoso, tais como a memória ou o pensamento, sobre os quais pouco se sabe.
Os reflexos mais simples acontecem com a participação de apenas dois neurônios: um sensitivo e um motor, que fazem sinapse na medula nervosa.
Dos reflexos mais comuns participam pelo menos três neurônios:
· Neurônio sensorial: quando sua parte receptora é estimulada, emite um impulso nervoso que é transmitido em direção ao sistema nervoso central;
· Neurônio de associação: recebe a mensagem do neurônio sensorial e a retransmite para outros neurônios de associação ou para neurônios motores;
· Neurônio motor: recebe o impulso do neurônio de associação e o transmite a músculos ou glândulas, estimulando ou inibindo sua resposta.
Olfato e Paladar
Sentido
Os neurônios olfatórios situados na parte superior da mucosa nasal são estimulados por essas partículas. Existem vários tipos de neurônios olfatórios, cada um capaz de identificar um cheiro diferente. Os neurônios de mesmo tipo então se concentram em regiões do bulbo olfatório denominadas glomérulos, onde o “sinal” de cada cheiro é concentrado e depois reenviado para outras partes do cérebro. No cérebro, esses estímulos produzem as sensações próprias de cada cheiro particular. Os neurônios olfatórios são os únicos neurônios expostos diretamente ao meio externo. Eles são todos semelhantes. Não há, portanto, receptores especializados em odores específicos. Também nunca se conseguiu uma classificação satisfatória dos odores, mesmo porque são tantas as substâncias que exalam cheiros que se torna quase impossível construir uma tabela útil. Mas cada um só é capaz de detectar um odor específico dentre centenas de possibilidades.
Além de possibilitar a identificação de materiais à distância, o olfato também registra o odor dos alimentos que colocamos na boca. Vapores do alimento atravessam a passagem existente entre a cavidade oral e a nasal, chegando, assim, aos receptores olfatórios. Por isso, o que chamamos de gosto de um alimento é, na verdade, também olfato.
Paladar
Na base da língua, há cerca de doze grandes papilas em forma de cálice (circunvaladas). Na parte anterior da língua, encontra-se um grande número de pequenas papilas alongadas (filiformes). E, em menor número, papilas em forma de cogumelo (fungiformes).
Em cada papila, pode haver vários corpúsculos gustatórios. Cada um deles pode ser estimulado por qualquer sabor, mas é mais sensível a m dos quatros sabores básicos: doce, salgado, azedo e amargo.
O gosto que sentimos depende, portanto, da estimulação dos diversos receptores gustatórios. Se colocarmos vinagre (ácido acético diluído) na boca, os receptores mais sensíveis ao ácido são fortemente estimulados, enquanto os outros não. Esses estímulos caminham através do nervo glossofaríngeo e do nervo facial e chegam ao cérebro. Sentimos, então, um gosto azedo.
A quantidade normal de muco possibilita o olfato, pois as partículas odoríficas devem estar dissolvidas no muco para estimular os receptores olfatórios
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