Área da América platina
A bacia do Prata ou Platina, área drenada pelos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, é um dos principais conjuntos fluviais do mundo e o segundo maior da América do Sul, superado apenas pela bacia Amazônica. Com mais de 2,5 milhões de km2, ocupa cerca de 20% do território sul-americano e abrange, além do Brasil, áreas de outros quatros países da América do Sul: Argentina, Paraguai, Uruguai e, em escala bem mais reduzida, a Bolívia. Este último país, dado suas condições histórico-geográficas, é considerado tradicionalmente um país andino.
Os três principais cursos fluviais formadores da bacia, nascem em território brasileiro. O eixo principal da bacia tem, grosseiramente, sentido norte-sul e as águas de todo o conjunto convergem para o Atlântico, desaguando no estuário do Prata, junto à Buenos Aires e Montevidéu. Os territórios de Brasil e Argentina, os dois mais extensos países do conjunto, abrigam cerca de 70% da superfície total da bacia.
As amplas áreas da Bacia Platina compreendem quatro domínios morfoclimáticos, além de áreas de transição entre eles. No alto vale do rio Paraguai e em algumas áreas do curso superior dos rios formadores do Paraná, especialmente o centro-oeste de São Paulo, localiza-se o domínio dos mares de morros, originariamente recobertos pela floresta tropical, hoje, quase totalmente devastada pela intensa e desregrada ocupação humana.
Porções do médio vale do rio Paraná e do curso superior do rio Uruguai apresentam-se como o domínio dos planaltos subtropicais recobertos originalmente por matas de araucária, hoje quase totalmente devastadas. Por fim, em áreas do baixo curso do Paraná e do médio e baixo vales do Uruguai, aparecem as pradarias subtropicais e temperadas, conhecidas genericamente como Pampas. Dentre as extensas áreas de transição que separam os vários domínios, destaca-se o Pantanal Matogrossense , cujo prolongamento para a porção setentrional da Argentina, ocidental do Paraguai e meridional da Bolívia forma a região conhecida como Chaco.
da América Platina
Durante muito tempo, as áreas da bacia Platina foram focos de tensão geopolítica. Na época colonial, ela foi palco dos interesses geopolíticos antagônicos de portugueses e espanhóis. A partir do século XIX, as tensões passaram a ser entre os novos Estados independentes, cujas fronteiras políticas não se encontravam totalmente reconhecidas.
Especialmente Brasil e Argentina viveram fases de conturbado relacionamento político e diplomático, em função dos mitos de hegemonia regional que ambos desenvolveram. Os mitos argentinos estavam baseados sobre ideologias de caráter racial. A grande onda migratória da segunda metade do século XIX, fez efetivamente desaparecer a base mestiça (e ameríndia) da população do Pampa argentino.
Valorizando e alardeando a condição de país eminentemente formado por populações brancas, setores significativos da elite argentina desenvolveram idéias de superioridade civilizacional diante de seus vizinhos sul-americanos. Julgavam os líderes argentinos que apenas um país com essas características étnicas poderia dialogar de igual para igual com as potências “brancas” da Europa e com os Estados Unidos.
Por seu turno, os mitos brasileiros tinham como referência a grandeza, riqueza e potencialidade do território. Um país de rios imensos, florestas fantásticas e tamanho colossal só poderia ter um destino semelhante aos seus atributos físicos.
Recentemente, as bases do relacionamento entre Brasil e Argentina foram reconstruídas, com ênfase na cooperação. A crise econômica dos anos 1980 – a chamada “década perdida” da América Latina - e a globalização da economia mundial condicionaram mudanças nas posturas diplomáticas dos dois países. Não há dúvida também que a redemocratização dos dois países, expressas nas eleições presidenciais de 1983 na Argentina e pela volta dos civis ao poder no Brasil, em 1984, foi mais um fator a impulsionar esse processo.
Ainda quando a imigração de massas foi um componente importante na
sociedade argentina, as conseqüências não foram e não podiam ser as esperadas.
Na medida em que as oligarquias se apropriavam das melhores terras e deixavam aos
imigrantes algumas poucas terras e todo o trabalho, o resultado devia ser diferente. Se
muitos imigrantes se afixaram no setor rural, a maioria dos recém-chegados optou pelas
cidades, passando a conformar a classe trabalhadora, um novo grupo social que não
estava nos planos dos fundadores.
A saída foi aceitar a presença dos imigrantes, agora como trabalhadores, e tentar transformá-los em cidadãos antes que eles se organizassem
de alguma outra forma. As conseqüências não desejadas da imigração levaram à
retificação dos projetos iniciais da classe dominante, que se perguntavam sobre a
melhor forma de lidar com esse grupo de recém-chegados.
Sociedade do Uruguai
A sociedade é formada essencialmente por brancos, que até hoje cultiva hábitos trazidos velha Europa, principalmente da Itália, como o consumo de apetitosas massas e excelentes vinhos.
Sociedade do Paraguai
Na sociedade do Paraguai existe hoje uma corrente migratória brasileira sulista que tem ocupado a parte oriental do Paraguai, incrementando ali o cultivo de soja e a pecuária bovina.
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